Cai orvalho
No coração oscilante
Manhã cinzenta
Kingo Yamazaki – Revista Brasileira de Haicai
http://www.kakinet.com/antologia/?est=Inverno&ano=2007
Bom Dia! =)
Um Haicaizinho pra começar bem a manhã, o dia começou cinzento, na cinzenta Curitiba. A janela de trás do apartamento, entre os outros apertamentos, eis que surge a flor... já anunciando a primavera. Será que ela se adiantou em alguns dias?
O que ela quer nos dizer com isso? A cidade repleta de Ipês, todos floridos, em amarelos e roxos, todos colorindo a paisagem urbana que se ergue na manhã sóbria, competindo com as azaléias da estação invernal que hora se apresenta.
Trabalho, trabalho, trabalho, eis aqui o retrato da pós-modernidade, as flores nessa vida atribulada das cidades, para mim, soam como uma carícia aos olhos daqueles que nada conseguem enxergar além de suas queixas. Qualidade ambiental urbana, já diriam aqueles que refletem. Reflexão! Será que somos mesmo capazes e aptos a refletir, sobre o que se apresenta e sobre o que apresentamos? Não sei, só sei que elas, as reflexões e as flores, me parecem sublimar a vida que se corre...
Quem é o Ipê-Roxo da cidade cinza?
TAXONOMIA
FAMÍLIA: Bignoniaceae
ESPÉCIE: Tabebuia heptaphylla (Vellozo) Toledo
OUTROS NOMES (VULGARES): cabroé, graraíba, ipê (RJ,SC), ipê-de-flor-roxa, ipê-piranga, ipê-preto (RJ, RS), ipê-rosa (MG), ipê-roxo-anão (SP), ipê-uva, pau-d’arco (BA), pau-d’arco-rosa (BA), pau-d’arco-roxo (BA,MG) peúva (MS) e piuva (MS,MT). Na Argentina, lapacho e no Paraguai, lapacho negro.
ASPECTOS ECOLÓGICOS
O ipê-roxo é uma espécie secundária tardia, passando a clímax (LONGHI, 1995), tolerando a sombra no estágio juvenil. Devido ao seu porte, faz parte do extrato superior da floresta, possuindo alta longevidade.
É comum na vegetação secundária, abrangendo capoeiras e capoeirões, possuindo como habitat: Floresta Estacional Semidecidul e Decidual Floresta Ombrófila Densa e Mista, Chaco Sul-Matogrossence e Pantanal Matogrossence.
É uma árvore característica da Mata Latifoliada do Alto Uruguai, onde apresenta distribuição irregular e descontínua, sendo pouco freqüente, ocorrendo de preferência nas depressões dos terrenos e em solos rochosos. Rara nas florestas da Bacia do Ibicuí e na Fralda da Serra Geral, chegando até a Bacia do Rio dos Sinos.
Não ocorre no Planalto e no Escudo Rio-Grandense (LONGHI, 1995).
Encontra-se exemplares de Tabebuia heptaphylla desde em florestas secundárias e primárias a bordas de clareiras e clareiras pequenas.
OCORRÊNCIA NATURAL
Ocorre naturalmente no sul e oeste da Bahia, no Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo e no nordeste da Argentina, sul da Bolívia, leste do Paraguai e Uruguai (CARVALHO, 1994). Compreende a latitude de 13ºS (BA) a 30ºS (RS).
Retirado e modificado de: INSTITUTO DE PESQUISAS FLORESTAIS
http://www.ipef.br/identificacao/tabebuia.heptaphylla.asp
2 comentários:
eu acho que é cinza ar(r)oxeado...
aqui os dias também estão acinzentados, o outono se aproxima... ao invés de árvores/plantas florindo, as folhas estão caindo e os moinhos girando mais forte com o vento... ele (o inverno) está dando sinais de que se aproxima...
o Nucci ficaria feliz com sua descrição da Tabebuia sp
=)
Lara sempre impressionante.
War é um nome pesado demais pra uma pessoa que traz tanta paz.
=]
Tem umas coisas que admiro demais em você.
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