Depois de tempos sem escrever, e nem acessar este blog, conversas e discussões de beira de balcão de boteco sujo sobre vontades e preguiças me motivaram a voltar.
O fato é que pensamentos positivistas alheios tendem a nos obrigar a trabalhar sempre mais em coisas que, talvez, nem nos interessam. Chegar mais cedo, sair mais tarde, ajudar a empresa, ideais corporativistas, menosprezo do ócio, banalização do menor esforço.
E foi exatamente isso que me incentivou a voltar a postar: o menor esforço. Essa idéia que move e faz acontecer vários processos importantes da natureza. Tomem por exemplo a fotossíntese: a folha sempre procura sua posição ótima, inclinação, direção, para receber a melhor quantidade de luz, produzindo e armazenando a maior quantidade de alimento possível tendo o menor dispêndio de energia necessário.
Ou a água, o elemento da vida. A água que nasce nas terras altas e de lá vem descendo, utilizando-se dos caminhos preferenciais, sem gastar nenhum esforço (água não sobe morro), deixando todo o trabalho para a gravidade. E desta forma, utilizando-se do menor esforço, ela vai de córrego a ribeiro, a ribeirão, a riacho, a rio até chegar no mar: um mar de menor esforço. E todo mar aceita o rio.
E dessa forma eu volto. Com vontade e preguiça. Abusando da naturalidade do menor esforço.
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Som do momento: Hot Chip - Made in the Dark.
De música eletrônia, essa é a onda que eu tiro atualmente...
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